O presidente Jair Bolsonaro anunciou nesta sexta-feira a demissão do presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco.
Em um post em redes sociais, Bolsonaro afirmou que o novo chefe da estatal é Joaquim Silva e Luna.
Silva e Luna é diretor-Geral da Itaipu Binacional e foi ministro da Defesa no governo do ex-presidente Michel Temer (MDB).
“O Governo decidiu indicar o Senhor Joaquim Silva e Luna para cumprir uma nova Missão, como Conselheiro de Administração e Presidente da Petrobras, após o encerramento do Ciclo, superior a dois anos, do atual Presidente, senhor Roberto Castello Branco”, diz a nota reproduzida por Bolsonaro, assinada pela assessoria de comunicação social do Ministério de Minas e Energia.
Bolsonaro pediu a saída de Roberto Castello Branco do comando da Petrobras numa reunião nesta quinta-feira no Palácio do Planalto, após o quarto aumento no preço dos combustíveis anunciado pela empresa, o que irritou Bolsonaro.
A reunião ocorreu pouco antes da transmissão ao vivo nas redes sociais em que Bolsonaro criticou a estatal e disse que “alguma coisa” iria acontecer na Petrobras, posição reforçada na manhã desta sexta.
O presidente da estatal vinha irritando Bolsonaro por conta do aumento dos combustíveis, especialmente o diesel.
Bolsonaro ficou especialmente irritado com Castello Branco por uma declaração em janeiro, quando o executivo, ainda sob a pressão da ameaça de greve dos caminhoneiros, afirmou que a insatisfação da categoria é “um problema que não é da Petrobras”.
Bolsonaro vinha dizendo a interlocutores que Castello Branco é “insensível”, tem uma gestão voltada exclusivamente a dar lucros para os acionistas privados, além de lembrar que a estatal é monopolista no segmento de refino. O presidente também tem dito que a estatal não está sendo transparente na sua política de preços.
A gota d’água para a pressão pela troca foi o reajuste de 14,7% no diesel e de 10% na gasolina nas refinarias, anunciado pela Petrobras. Foi o quarto reajuste do ano e começou a valer nesta sexta-feira.
Após saber do reajuste, Bolsonaro pediu a demissão de Castello Branco numa reunião com os ministros da Economia, Paulo Guedes; da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas; e de Minas e Energia. Todos os ministros tentaram demover o presidente da decisão, de acordo com fontes com conhecimento no assunto. Os apelos até, por outro lado, não surtiram efeito.
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